TSE cassa chapa Noé Magalhães e Neto Cavalcanti de Água Preta
Prefeito e vice de Água Preta têm mandatos cassados pelo TSE e ficam inelegíveis. Chapa foi afastada por abuso de poder econômico e compra de votos nas eleições de 2020
Mais um capítulo na novela envolvendo a gestão em Água Preta, na Mata Sul de Pernambuco. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou os mandatos do prefeito de Água Preta Noé Magalhães (PSB) e do vice-prefeito Neto Cavalcanti (PSB) nesta quinta-feira (23.05), por práticas de abuso de poder econômico e compra de votos durante as eleições de 2020. A chapa está inelegível por oito anos.
O afastamento foi decidido por unanimidade pela Côrte. O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) foi acionado para que tomem as medidas cabíveis para a realização de uma nova eleição para os cargos.
O recurso no TSE foi apresentado pelo ex-candidato ao pleito, Antônio Marcos de Melo Fragoso Lima (PROS), após o pedido inicial de cassação ter sido rejeitado pelo TRE-PE por falta de “provas robustas” sobre os delitos eleitorais apontados.
Noé chegou a ser afastado da Prefeitura na Operação “Dilúvio” da Polícia Federal (PF), que investiga um esquema de irregularidades na gestão. O prefeito ficou preso por 50 dias no Cotel sob a acusação de obstrução da Justiça.
Com a inegibilidade de Noé e Neto, este último chegou a assumir enquanto o titular esteve preso, logo depois, STJ decidiu que Noé voltasse a gestão, e agora o TSE encerra essa novela. A eleição 2024 em Água Preta se resume às pré-candidaturas de João Fernando Coutinho (Solidariedade) e Tonhão (Progressistas), até o momento.