Justiça de Gravatá negou liminar para suspender resultado que elegeu conselheira tutelar mais votada
Decisão mantém resultado eleitoral enquanto processo judicial sobre abuso de poder político na eleição para conselho tutelar tramita
A Justiça, através da 2ª Vara Cível da Comarca de Gravatá, negou o pedido de tutela antecipada para suspender os efeitos da eleição de Sandra Facundes para o Conselho Tutelar, solicitada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). A decisão, proferida pela Juíza Brenda Azevedo Paes Barreto Teixeira e publicada no último dia 30 de novembro, mantém o resultado eleitoral até a conclusão do processo judicial. A tutela antecipada, um instrumento jurídico aplicado em casos de urgência e evidência do direito reivindicado, suspenderia temporariamente a validade da eleição de Sandra Facundes eleita com 2.198 votos como conselheira tutelar.
O MPPE havia solicitado essa medida alegando abuso de poder político e econômico por parte de Sandra Facundes, que é irmã da Secretária de Ação Social, Viviane Facundes, e cunhada do prefeito de Gravatá, Joselito Gomes (PSB). O pedido baseava-se em acusações de que a eleição foi influenciada pelo uso indevido da estrutura da Prefeitura de Gravatá (máquina pública). No entanto, a juíza avaliou que as provas apresentadas até o momento não eram suficientes para justificar a suspensão da eleição.
A defesa de Sandra Facundes contestou as acusações do MPPE, enfatizando a falta de provas concretas e a legalidade das ações de campanha. A decisão da Juíza não representa um veredicto final sobre o caso, mas uma avaliação preliminar com base nas evidências atuais. A investigação sobre o suposto abuso de poder político ainda está em andamento e uma decisão final – a chamada sentença de mérito – sobre a manutenção ou cassação do mandato de Sandra Facundes ainda não foi tomada. Entretanto, a decisão indica uma tendência de decisão favorável à Sandra Facundes.
do Diário de Gravatá