Polícia apreende revólver na casa de vice-prefeito de Chã Grande durante apuração sobre licitações

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Polícia apreende revólver na casa de vice-prefeito de Chã Grande durante apuração sobre licitações

Sandro Corrêa (Avante) é vice-prefeito de Chã Grande, cidade da Zona da Mata de Pernambuco — Foto: Reprodução/Instagram

Na Operação Sequência Real II, deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco na terça-feira (24.08), foi apreendido um revólver e munições na residência do vice-prefeito de Chã Grande, Sandro Corrêa (Avante). O político foi alvo de mandado de busca e apreensão na operação que investiga fraudes em licitações e desvio de dinheiro público nas prefeituras de Amaraji e Gameleira, ambas na Mata Sul.

> POLÍCIA CIVIL MIRA SUSPEITOS DE FRAUDE A LICITAÇÃO E LAVAGEM DE DINHEIRO NA MATA SUL

“Foram cinco mandados de busca e apreensão expedidos pelo juízo de Amaraji e a Polícia apreendeu documentos, comprovantes de pagamento, certidões de propriedade, celulares, computadores, notebooks e uma arma de fogo. Revólver e munições serão submetidas à análise da Polícia”, afirmou a Delegada Isabella Veras, adjunta da 2ª Delegacia de Combate à Corrupção do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco).

De acordo com a Delegada, o vice-prefeito não tinha posse nem porte de arma de fogo e não estava na residência no momento da busca e apreensão.

Sandro Corrêa concedeu entrevista ao G1PE e afirmou que estava ausente da cidade por causa de uma viagem a Brasília, programada desde julho, para participar de um evento com vereadores e com o prefeito. Ele afirmou estar à disposição da Justiça para prestar esclarecimentos, disse não saber bem do que se trata a operação e confirmou ter prestado serviços para o Município, atendendo as pessoas em várias áreas da advocacia. Sobre a apreensão da arma, ele declarou que o revólver é antigo, que não usa e que pode “estar até sem funcionar”.

A arma de fogo foi apreendida pela Polícia Civil – FOTO: DIVULGAÇÃO/PCPE

Investigações
As investigações que culminaram na operação tiveram início em maio de 2019, com o objetivo de identificar e desarticular uma associação criminosa suspeita de praticar os crimes de peculato, fraude à licitação, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

“A Polícia Civil de Pernambuco identificou cinco fraudes licitatórias na modalidade convite realizadas pela Prefeitura de Amaraji, na gestão do ex-prefeito e outras por meio de dispensa de licitação, com falsidade de documentos apresentados no bojo dos processos licitatórios; e na quebra bancária identificamos o cometimento de lavagem de dinheiro pelos investigados”, afirmou a Delegada.

Segundo Isabella Veras, os beneficiários seriam um ex-prefeito e uma ex-presidente da Câmara de Vereadores, que é sua esposa, que não tiveram os nomes revelados. Além de familiares e pessoas contratadas. “Essa licitação foi para serviço de assessoria jurídica, temos vários advogados beneficiados com contratação fraudulenta”, disse. A Polícia Civil informou que a prefeita de Amaraji, Aline Gouveia (PSB), também foi alvo junto com sua mãe por conta de transações bancárias suspeitas.

com informações do Jornal do Commercio