Estudante do IFPE é o único do Nordeste à participar da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica

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Estudante do IFPE é o único do Nordeste à participar da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica

Franklin Costa, do IFPE Recife, é o único estudante do Nordeste e de Escola Pública a conseguir a vaga

O IFPE terá representação na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA), que acontece no mês de agosto, em Mumbai, na Índia. O estudante de Mecânica do Campus Recife, Franklin Costa, foi selecionado, entre os mais de 250 mil estudantes que participaram da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), e se somará à equipe do Brasil na competição mundial.

“Ele é o único de escola pública da equipe, que é formada por cinco integrantes, e também o único do Nordeste. Parabéns Franklin, o IFPE está com você para a conquista de mais uma medalha olímpica científica”, afirmou o professor Guilherme Pereira, coordenador do Núcleo de Astronomia e Física do IFPE Recife e orientador do estudante.

Franklin conta que sempre foi um curioso quando o assunto envolvia Ciência. Desde criança, um de seus entretenimentos preferidos era assistir canais do YouTube e documentários voltados à divulgação científica. “Foi a partir desse tipo de conteúdo que tomei conhecimento, ainda que superficialmente, sobre o que seria a Astronomia. No fim do meu ensino fundamental, muito por causa da pandemia, comecei a tentar decorar o nome de algumas estrelas visíveis no céu apenas porque achava legal. Foi então que encontrei o projeto do Núcleo Olímpico de Incentivo ao Conhecimento (NOIC), que me apresentou ao estudo mais quantitativo da Astronomia, e ali surgiu ainda mais forte o meu interesse em estudar o assunto”, relembra o jovem, hoje com 17 anos.

Ao ingressar no Campus Recife, o estudante passou a participar de olimpíadas de conhecimento nas áreas de Matemática, Física e Astronomia. Como resultado ele conquistou diversos títulos, com destaque para a medalha de ouro e prata na OBMEP, menção honrosa na OBM, figurou entre os dez melhores desempenhos na seletiva de Astronomia de 2023 e conquistou o segundo lugar na seletiva de Astronomia do ano passado, o que garantiu sua vaga na edição 2025 da IOAA.

Preparação – Um longo e concorrido caminho foi percorrido por Franklin até a conquista da vaga na IOAA. A seleção se divide em quatro fases principais: OBA, seletivas on-line, Barra 0 e treinamentos. Inicialmente, todos os alunos do ensino médio com nota maior ou igual a 7,5 na OBA são classificados para as seletivas on-line, quando são realizadas três provas teóricas. A partir das notas dessas provas, os 200 primeiros colocados são convocados para a cidade de Barra do Piraí (RJ), para participar da etapa chamada Barra 0. “É nessa etapa que temos o primeiro contato com provas específicas de Astronomia, como provas de carta celeste e de planetário, além de mais uma prova teórica, agora com maior rigor na parte de Astrofísica. Por fim, os 40 melhores classificados na etapa Barra 0 são selecionados para dois treinamentos, onde, além de diversas aulas sobre Astronomia e Astrofísica, são aplicadas novas avaliações e treinamentos. Com as notas de cada candidato, é selecionado o time que vai para a IOAA e também para a Olimpíada Latino Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA) e os suplentes”, explicou Franklin.

Para poder se preparar e conseguir cumprir todas as fases dessa maratona, Franklin contou com o apoio do professor Guilherme, um grande incentivador da participação de alunos da instituição em eventos científicos da área. Através de suas aulas, do laboratório de Física e de projetos desenvolvidos, o docente já comemorou muitas conquistas de seus orientandos em Olimpíadas internacionais anteriores, a exemplo de Larissa de Aquino, que ganhou prata na OLAA de 2012 e bronze na IOAA de 2013, além de Juventino  Férrer, que levou bronze em 2018 na OIAA. Agora, Pereira repete esse feito com a ida de Franklin à IOAA de 2025. “Conhecimentos sobre manuseio de telescópio e construção de foguetes me foram ensinados de maneira prática pelo professor Guilherme Pereira. Agradeço a ele também por me disponibilizar a biblioteca do Núcleo de Astronomia do IF”, reconhece Franklin.

Sobre ser o único representante de escola pública e do Nordeste a participar da competição mundial, o discente se enche de orgulho. “Ainda estou meio em choque, meio incrédulo, parece que a ficha ainda não caiu: eu realmente vou para a IOAA! Sou muito grato por essa oportunidade, que só tive porque sou estudante do IF”, comemora.