Dois dos acusados de matar promotor Thiago Faria são condenados

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Dois dos acusados de matar promotor Thiago Faria são condenados
Um dos réus, Adeíldo dos Santos, foi absolvido e outro, Antônio Cavalcante Filho, está foragido. O quinto indiciado será julgado em dezembro Foto: Ricardo B. Labastier/ JC Imagem

Um dos réus, Adeíldo dos Santos, foi absolvido e outro, Antônio Cavalcante Filho, está foragido. O quinto indiciado será julgado em dezembro. Foto: Ricardo B. Labastier/ JC Imagem

Mandante da morte do promotor de Itaíba é condenado a 50 anos de prisão. Zé Maria foi considerado culpado pelo júri de mandar matar promotor. José Marisvaldo foi condenado a 40 anos e 8 meses; Adeíldo foi absolvido.

Jornal do Commercio

Pouco depois das 4h20 desta sexta-feira (28), cinco dias após o início do julgamento de três dos cinco acusados pela morte do promotor Thiago Faria Soares, dois dos réus foram condenados pela Justiça. José Maria Pedro Rosendo (conhecido como Zé Maria de Mané Pedro), mandante do crime, foi sentenciado a 50 anos e quatro meses de reclusão pelo homicídio de Thiago e pelas tentativas de homicídio da noiva do promotor e do tio dela. José Marisvaldo da Silva, por sua vez, pegou 40 anos e oito meses de prisão pelos mesmos crimes. Adeildo dos Santos, que era suspeito de participar da investida, foi absolvido pelo júri. O julgamento ocorreu na sede da Justiça Federal em Pernambuco, no bairro do Jiquiá, Zona Oeste do Recife.

“Meu filho merecia justiça e ela começou a ser feita. Ainda temos dois julgamentos e eu espero êxito nestes também. Uma mãe não abandona seu filho. Ele está aqui comigo e eu estou com ele”, afirmou Maria do Carmo Soares, mãe de Thiago Faria, após o julgamento. Daniel Faria, irmão do promotor, completou: “Me sinto muito satisfeito com a decisão da juíza. Ela foi bastante justa e fico feliz porque sei que o meu irmão, lá em cima, vai poder descansar em paz”.

Thiago Faria Soares era promotor do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e foi assassinado com tiros de espingarda calibre 12 no dia 14 de outubro de 2013, enquanto dirigia pela PE-300, entre Águas Belas e Itaíba, no Agreste do Estado. Estava no veículo junto a Mysheva Martins e um tio dela, Adautivo Martins. Os dois últimos escaparam do atentado.

Anderson Flexa, advogado de José Marisvaldo, afirmou que vai recorrer da decisão judicial. “Nós não concordamos com esse resultado, não é o que esperávamos. Existe um dos acusados que foi absolvido e nós entendemos que nenhum deles tem justificativa pra ser condenado. Não há prova consistente, não há nada convincente neste processo. O laudo não é neutro, não busca elucidar nada”, cravou o defensor. O advogado de José Maria Rosendo não quis falar com a imprensa.

José Maria Domingos, que também teria participado do homicídio, será julgado apenas no dia 12 de dezembro, pois seu advogado, Emerson Leônidas, faltou à primeira sessão do julgamento, na última segunda-feira (24), sem dar nenhuma justificativa. O defensor foi multado pela juíza federal Amanda Torres de Lucena Diniz Araújo em 30 salários mínimos. Antônio Cavalcante Filho está foragido e, por isso, seu processo foi desmembrado para não prejudicar o andamento do caso.