Com vereadores presos, prefeito de Belém de Maria continua foragido

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Com vereadores presos, prefeito de Belém de Maria continua foragido

camara_de_belem_de_mariaPromotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), deflagraram na madrugada da quinta-feira (28), no município de Belém de Maria (Zona da Mata Sul), a segunda fase da Operação Pulverização, para cumprimento de treze mandados de prisão e de busca e apreensão de políticos e gestores municipais.

Durante a Operação, cinco vereadores e dois administradores foram presos. O delegado Vladimir Lacerda, responsável pelas prisões, informou que os detidos foram encaminhados ao Presídio Rorenildo da Rocha Leão, em Palmares, também na Mata Sul. São eles: Carlos José Soares, conhecido como Carlos de Zezito, Antônio José da Silva, conhecido como Irmão Toinho, Joseval Carlos dos Santos apelidado de Val de Danda, Jailson José da Silva chamado de Jal da Ambulância e o presidente da Câmara José Jairo Leonildo conhecido como Jairo do Timbó.

vereadores

Os salários dos cinco vereadores presos em Belém de Maria serão suspensos e suplentes devem ser convocados para ocupar os cargos. A informação é do assessor jurídico do legislativo no município, Golberyr Lopes. “O regimento [interno] não fala sobre isso, mas inicialmente vamos suspender para a Câmara poder pagar os que estão assumindo. Como na Câmara o duodécimo é muito pequeno, não dá para pagar todo mundo”, adiantou.

Com apoio da Polícia Civil e do Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (Bepi), dos treze mandados foram cumpridos seis. Entre as sete pessoas que são consideradas foragidas encontra-se o prefeito Valdeci José da Silva, do PSB. O delegado Vladimir Lacerda, responsável pelas prisões, informou o prefeito da cidade é considerado foragido e que uma coletiva para detalhar todo o esquema de corrupção no município e a participação de cada membro na organização criminosa será realizada no Recife.

Todos acusados de participação em organização criminosa, fraudes em licitações, lavagem de dinheiro e dilapidação do patrimônio público municipal. O prefeito já havia sido afastado do cargo em dezembro do ano passado, suspeito de liderar um grupo investigado por desviar montante atualmente estimado em mais de R$ 6 milhões dos cofres da Prefeitura.

As investigações da Operação Pulverização foram iniciadas pelo Gaeco em 2013 e resultaram na identificação dos seguintes crimes: fraudes de licitação (Lei 8666/93), lavagem de dinheiro (Lei 9.613/98) e organização criminosa (Lei 12.850/03), corrupção passiva (artigo 317 do CPB) e peculato (artigo 312 do CPB)

Participaram desta segunda fase da Operação o procurador de Justiça Ricardo Lapenda e os promotores de Justiça Frederico Guilherme da Fonseca e João Paulo Pedrosa Barbosa, além de treze delegados de Polícia, 21 agentes de Polícia Civil e 16 policiais militares do Bepi, e servidores do Gaeco.